23 de junho de 2013

tod@s por UM



queridos amigos de ontem de hoje de quando
escrevo essa carta email poema mensagem cifrada
para lembrar daquilo que eu não esqueço
dos tempos de antes de como sopravámos
tanta fumaça entre outros ativos até
que esquecemos
tempos onde o conforto
não nos pertencia e sim aos nossos pais
num outro país noutro mesmo lugar
quando a idade da pedra agia 
com mais intensidade na cidade
o dia inteiro a noite adentro
até cair em si no carnaval
amigos que não estavam nas ruas
ontem antes de ontem de sábado
e que não mostram suas caras nunca
por respeito e medo da opinião
comum alheia e pública
diga verdade meu caro
diga a verdade você também
diga no perfil do seu feicetruque barato grite
atire a primeira pedra de crack
quem nunca curtiu embalou um beck
ou inalou injetou expressou farinha
com clorofórmio
provavelmente
você mesmo que está aí e eu
tomando ambev agora e vendo
o jogo do brasil
temos deuses a vontade 
escolha as armas drogas nióbio diamantes
fico feliz fique feliz fiquei feliz
em saber e imaginar
aqui
a felicidade existe resiste
tira lição do infortúnio do labirinto do neurônio
jogando bombas de gás bombas de thc
lança perfume fumaça canábica lança a oportunidade
espada de são jorge arco de batalha
de coragem
de quem sai em busca do que sonha
na rua do que somos
ávidos de sortidas si us plau
matéria de prazer e descanso
pela pele que sua soa e reverbera
grata pela possibilidade
de somar e revidar
a cara sem máscara agora
urucum colorau colorífico lsd
eu estava lá estive lá
quando o mundo mudou
eu a fúria e o caos
de mãos dadas com morfeu
e as pitonisas e as musas
vi com outros olhos de terra molhada
vi e vivi quando a força bruta 
cedeu aos astros
aos músculos aos peitos
das moças bonitas
aos fios de bigode
dos homens barbados
daquele tipo que não foge age
com cara de 
não temos medo de cara feia
juntos nada temos a temer a esconder nada
a perder a ganhar barganha massa amorfa subversiva
versos e reversos
nada temos que não nós
e o nossos exércitos territórios explícitos e inexplorados
pleorexia autotélica
capitalismo límbico
transluciferações mefistofáusticas irremediáveis
diria o mestre ioda com seu timbre grave
cannabis
eu sou em deles estou com eles sou neles
cromossomos somos nossos sonhos
de todo dia
mais uma vez
naquele dia único 
naquele único dia
sem contra indicações sem contracdições
fartos de bulas fogos bolhas de sabão
de tantos antes por tantos onde
caminhamos no asfalto
semeando poeira e fumaça
amigos de sempre de quando em bando
tomando a rua bebendo fumando vivendo
dizendo paz 
até

quem não foi se perdeu no que quem viu viveu
legalizamos hoje
amanhã tem mais
e o mundo
não será
o mesmo

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