1 de julho de 2013

pra você

vivo de improviso
como chuva de granizo
num pé de alface
feito ponta de faca 
em caco de vidro
feito o feltro da mesa
nos jogos de azar


nesse jogo
jogo meu corpo 
ao suicídio
vírgula
gargalo
gárgulas 
de notre dame
grata que sou
pelos melhores
sorvetes
da ilha
passagens
nas ruas
dos ventos 
do norte
que movem
relógios
e moinhos
por todas
as águas
as lágrimas
lástimas
latitudes
que frequentei
sem querer
nem pestanejar
tenho tido
uma urgência
latente
de quem
cansou
de esperar

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